quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ao pai do Meu Amigo

Repito em meias palavras
De Mello, tão brando
Faz escuro, mais eu canto

Canto ao pai do meu amigo
Alma que minha retina desencontrou
Mãos véludas...
A face da experiência que por respeito
Meu amigo beijou.

Cruél destino!
A arte ingrata lhe incitou.

Ah! seu Josías
Quisera eu buscar-te no teu desembarque
Mais creio que viajara "pro" outro mundo
-Mundo dos santos?
não!
-Mundo onde descançam, os exauridos anjos!

Quizera eu buscar-te dos berços-nuvens
Pr'acalmar tua amada do planger á consciência
Que se alimenta de tuas reminiscência...
Onde tu Martins, ela Iracema.

Lembro Augusto que dizia:
-Para onde fores, pai, para onde fores
Irei também, trilhando as mesmas ruas
Fora essa trova que coubera
Nas lagrímas Bindáticas.

-Não chore Amigo
-Por que chorás?

Teu Mestre não foi
Mas um sepúlcro á terra
Sim um adulbo ás flores poeticas.

Sorria Amada!
Teu amor Jaz um estrela no campo-luar.

Inda que se prolongue tua ausência
...que tua viajem seja esplêndida mestre!

Ei seu Jô
Quem lavára os carros polídos?
Com á tolice de uma criança...
Quem dirá com tamanha defesa
Que a torneira está ligada?

Quem seu josías?
Quem?
Se fagueiro e magno só tinha tu!!!

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